Infraestrutura: Não é uma opção

Se este tópico soar um pouco familiar, discutimos sobre infraestrutura no passado, incluindo novembro de 2008 antes de sabermos que Barack Obama foi eleito presidente. Infelizmente, a burocracia prevaleceu e o progresso foi lento.

Naquele primeiro editorial definimos infraestrutura como rodovias/pontes, a matriz energética, sistemas de água potável e esgotos, diques e barragens, portos e eclusas. O governo – municipal, estadual e federal – é encarregado da manutenção e atualização de nossa infraestrutura. Curiosamente, olhando para os planos da atual administração, “imóveis” como escolas, hospitais e aeroportos também estão inclusos em sua definição de infraestrutura.

É difícil saber por onde começar, mas pensamos ser informativo analisar como a situação está agora e o que a administração de Trump possa estar planejando. Uma carta recente da Aliança Americana de Produção para a então administração de Trump indica o seguinte:

– Os EUA possuem 156.000 pontes deficientes, um atraso de investimento de $85,9 bilhões para rodovias, $200 bilhões perdidos anualmente em atividade econômica devido ao ineficiente transporte ferroviário;
– Tempo gasto e/ou não aproveitado em dívidas de aeroportos americanos por volta de $8,1 bilhões em perdas anuais para a indústria de linhas aéreas;
– Três em cada quatro votos (74%) dizem que projetos de grande infraestrutura, financiados com dinheiro do contribuinte devem ser construídos com materiais e mão-de-obra americanos.

Há muito a fazer e a administração de Trump criou uma lista de prioridades em infraestrutura. Nacionalmente, compilaram uma lista de cerca de 50 projetos totalizando pelo menos $137,5 bilhões. A administração antecipa que os gastos ultrapassarão $150 bilhões em 2017 com expectativas semelhantes para os próximos dois anos. É um nível de pagamentos de até $411 milhões por ano. De uma maneira otimista espera-se que teremos o que o nosso dinheiro vale.

Enquanto isso não ajudar todos os projetos de infraestrutura, os planos de Trump envolvem atrair investimentos do setor privado em troca de créditos em impostos federais. Acredita-se que este plano possa estimular aproximadamente $1 trilhão de investimentos privados em 10 anos. Talvez isso possa manter as contas em dia. Os democratas tiveram a sua própria proposta por $1 trilhão de contas em infraestrutura. Enquanto os meios possam ser diferentes, infraestrutura é claramente uma necessidade que interessa e envolve a todos.

É importante que algo seja feito. Nada fazer não é uma opção. Um relatório de 2016 da Sociedade Americana de Engenheiros Civis, intitulado “Falha ao agir”, avaliou que gastos com a infraestrutura inadequada podem custar U$14 trilhões do PIB até 2040. As malhas ferroviárias de carga americanas compreendem esse fato, e a Associação Americana de Ferrovias recentemente estimou que $22 bilhões serão gastos em 2017 para manutenção e melhoria da rede ferroviária privada.

O interessante e imprevisível fator é como determinar o uso futuro de algumas infraestruturas nacionais. Além das necessidades óbvias, melhoria na infraestrutura também é um problema de segurança nacional.

É evidente que existe muito trabalho pela frente. Podemos não concordar totalmente com a melhor forma de alcançar o objetivo – maior ou menor intervenção do governo – mas nossa indústria e a economia no geral se beneficiarão enquanto projetos de infraestrutura forem empreendidos por todo os Estados Unidos. Isso não é opcional, portanto, mãos na massa!

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