Um iceberg tecnológico está crescendo como nunca na indústria brasileira

Já não se pode mais dizer que isso seja uma surpresa, mas de qualquer forma os fatos ficam cada vez mais visíveis e seus resultados crescem de importância. Refiro-me aos colegas que a cada ano estão agindo na maratona do aumento do conhecimento nas áreas de metalurgia, materiais e mineração, e estes setores, com isso, vêm alcançando níveis de desempenho de grande valor. A ponta do Iceberg neste ano, de 30 de Julho a 02 de Agosto, foi o 68º Congresso da ABM Internacional, realizado em Belo Horizonte/MG. Durante o encontro pudemos observar um variado conteúdo nos trabalhos técnicos, aliás, mais do que 500 apresentações. Além disso, alguns painéis tiveram seu lugar garantido e foram muito movimentados. Tudo somado, graças aos debatedores que foram muito felizes com suas colocações, temos muito trabalho de casa pela frente.

Extraordinário mesmo foi o número de inscritos, que aliás nunca deixou de ser crescente. Desta feita se somaram mais do que 800 congressistas, com uma novidade muito feliz, qual seja, pela terceira vez houve uma presença maciça de estudantes das mais diversificadas universidades, os quais brilharam numa seção de pôsteres dirigidos por eles com grande objetividade por seus brilhantes professores e orientadores. Acumulado durante anos este imenso repositório de conhecimento encontra-se disponível na Internet. As visitas técnicas não ficaram por menos, optei então por uma visita ao especialíssimo Centro Técnico da Vale, localizado no antigo local onde funcionava o Miguelão, Centro Técnico da CAEMI, a poucos kilômetros de Belo Horizonte/MG, quando trabalhei na mesma na década de 1980, pois estávamos conquistando o fornecimento de minério de ferro para a China.

Somado a isso tudo, que já tem contornos de grande profundidade, é digno de nota também que estávamos vindo de um encontro recente da ABM em Araxá/MG, com visitas às instalações de um moderníssimo Centro de Pesquisas da CBMM, onde a presença marcante de uma numerosa delegação chinesa chamou nossa atenção. É desnecessário dizer que estávamos todos interessados em aprofundar nossos conhecimentos sobre o uso do nióbio na siderurgia. Voltando ao ponto, se somarmos a estas regiões do conhecimento acima apontados os trabalhos de mestrado e doutorado anualmente apresentados nas diversas universidades brasileiras, constataremos que são conhecidas por sua excelência de conhecimento na área metalúrgica. Já está presente neste iceberg o exemplo da revista IH chamando a atenção de todos pelos trabalhos que têm alimentado o crescimento e os desafios impostos a uma miríade de empresas voltadas para o avanço de setores gigantescos, entre eles o setor automobilístico. Parcerias inusitadas estão se formando entre universidades, empresas siderúrgicas e montadoras. As empresas de aços especiais estão neste caso, e sua interação com os setores de autopeças está buscando crescer com atenção predominante nas exigências do mercado. É impossível também ignorar o crescimento de linhas de produção de equipamentos, principalmente fornos de tratamento térmico, atuando neste gigantesco cenário. Isso está claro como nunca ao folhear a IH, fechando o anel de atividades que crescem com o tempo, o qual têm sido o baluarte de todo este crescimento.

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