A tecnologia que integra cada vez mais as unidades fabris no âmbito da Indústria 4.0 precisa passar também pelos processos de manutenção. Com automação completa, é possível economizar, prevenir falhas de máquina e evitar paradas desnecessárias, além de estender a longevidade dos equipamentos e oferecer rastreabilidade no processo industrial.
Uma solução inédita no mercado para promover total controle e manter operantes todas as peças de uma linha de produção é o Sistema Conexo, baseado em radiofrequência (RFID). Desenvolvido há dois anos pela matriz alemã da Gemü Válvulas e Sistemas de Medição e Controle, o método chega agora ao Brasil.
O Conexo é composto por uma “caneta” de leitura, chips a serem acoplados aos equipamentos, além da licença para usar o software de gerenciamento na nuvem. “O sistema permite controlar todos os processos da manutenção preventiva, o que evita que uma bomba quebre, por exemplo, e a fábrica fique parada durante horas”, explica o engenheiro de projetos da Gemü, Péricles Teixeira da Costa. “O próprio sistema indica quando é hora de trocar os equipamentos.”
Isso é possível graças à instalação de chips nas diferentes partes integrantes das válvulas da empresa (corpo, diafragma de vedação e atuador), que contêm todas as informações a respeito do equipamento. Quando a válvula não contém o chip, é possível adicionar um tag metálico ou etiqueta com chip, de forma a possibilitar a identificação.
Com isso, no momento da manutenção fica tudo registrado: quem trocou a válvula, se ela veio com um manual específico, quais suas características etc. O tempo gasto com documentação cai drasticamente, permitindo a rastreabilidade tanto legal quanto técnica, bem como a rápida identificação dos equipamentos da planta.
“Hoje as manutenções fabris são frequentes e os técnicos responsáveis precisam saber a periodicidade das trocas das válvulas ou outros equipamentos, quais exatamente foram trocados e documentar tudo isso”, explica o gerente geral de vendas para a área industrial da Gemü, Mateus Souza.
Com o Sistema Conexo, para fazer a leitura desses dados basta aproximar a caneta equipada com sensor de radiofrequência (RFID) ao chip do equipamento. Além da caneta, o sistema inclui um software que deve ser instalado num tablet, para permitir a utilização em trânsito pela fábrica. A informação é armazenada na nuvem, com protocolos de segurança, de forma a conter todo o histórico de manutenção e documentação do produto, bem como suas licenças.
Otimização para o controle contínuo na área metalúrgica
Entre diversas variáveis do processo industrial, existem três mais comuns: a vazão, a pressão e a temperatura. Para o controle da vazão, a Gemü disponibiliza rotâmetros e medidores de vazão eletrônicos, além de transmissores de temperatura e de pressão. Todos esses equipamentos podem enviar sinais eletrônicos que informam em tempo real os dados de processo do complexo industrial. Na sequência, é possível transferir as informações para o sistema de controle e realizar o controle da automação da planta.
Como exemplo: o sensor mede a temperatura de uma linha de vapor, envia um sinal elétrico variável que permite ao controlador saber se precisa abrir mais ou menos a válvula.
Quando se fala em temperatura, que é uma das variáveis mais importantes numa indústria metalúrgica ou siderúrgica, por exemplo, as válvulas são fundamentais para o controle de temperatura, assim como para todo o processo produtivo.
E como controlar as válvulas de forma automatizada e segura? O sistema Conexo pode garantir maior confiabilidade, seja com o acoplamento de uma tag metálica com chip ou etiqueta com chip (para superfícies plásticas). Os chips podem ser inseridos em qualquer componente da malha de controle (bombas, válvulas, transmissores de pressão ou temperatura, sensores etc).
Para o caso específico das indústrias siderúrgica e metalúrgica, devem ser respeitados os limites técnicos de temperatura tanto para o local de inserção da válvula quanto do chip.
O chip para leitura por radiofrequência pode vir acoplado de fábrica aos equipamentos, o que permite obter todas as informações de qualquer um deles ou, ainda, pode ser inserido posteriormente. Com isso, é possível controlar o momento certo para manutenções, registrar seu histórico e obter documentos relacionados a cada máquina de forma digitalizada e armazenada com alto controle. Além de diminuir o tempo do processo e aumentar a precisão das informações, o sistema evita gastos com manutenções desnecessárias e preserva a segurança do trabalhador.
Com a tecnologia Conexo, é possível fazer o controle e ter rastreabilidade e melhor armazenamento de todo esse processo, de forma a gerir documentos como o Plano Mestre de Validação, Cronogramas, Qualificação de equipamentos e utilidades usadas durante o processo e relatórios em geral.
Tudo isso fica armazenado de forma otimizada para o controle de qualquer documento relevante de validação, manutenção de processos ou da planta farmacêutica como um todo. Isso porque, de posse da tecnologia de rastreabilidade com RFID, todo e qualquer componente pode ser prontamente identificado. Além disso, os documentos pertinentes são verificados in-loco por meio do próprio tablet, sem a espera e procura por documentação tradicionalmente arquivados em papel.
“A inspeção é confrontada no momento da vistoria e tem de pronto todos os documentos pertinentes ao item solicitado, como Certificados; Folha de Dados; Manuais; Desenhos; e/ou outras informações que o operador da planta definir como prioridade quando da elaboração dos procedimentos operacionais”, explica o gerente geral de vendas da área PFB da Gemü, Hans Paul Mösl.
Para isso, as válvulas, atuadores e outros sistemas de medição e controle da GEMÜ da linha PFB já vêm, a partir deste ano, com o chip integrado ao produto. Para aqueles equipamentos que não contêm o chip, é possível acoplar uma etiqueta metálica.
Além de reunir num único portal toda a informação referente ao sistema fabril, o Conexo traz um passo a passo da manutenção, servindo de apoio ao operador.
O Sistema Conexo vem somar à família de instrumentos desenvolvidos pela Gemü que contribuem para a automação industrial. Entre eles estão o rotâmetro – medidor de vazão do fluido, cujo diferencial é o material do tubo, que usa trogamid, polissulfano ou PVC, todos de extrema resistência e custo competitivo. Outra novidade na área de automação é o transmissor de pressão e temperatura, um sensor que informa dados fundamentais ao sistema em tempo real. Para mais informações acesse o site www.gemu-group.com.
Sobre a Gemü
A filial da multinacional alemã criada por Fritz Müller na década de 1960 disponibiliza ao mercado brasileiro válvulas com eficiência e qualidade. A planta situada em São José dos Pinhais, localizado no Paraná, que conta com 100 colaboradores e completa 40 anos em 2021, produz válvulas e acessórios para o tratamento de água e efluentes em indústrias de todas as áreas, como siderurgia, fertilizantes e setor automobilístico, bem como para integrar sistemas de geração de energia. Na área de PFB (farmacêutica, alimentícia e biotecnologia), a Gemü é líder mundial e vende para toda a América Latina produtos de alta precisão, com atendimento local, além de consultoria com profissionais capazes de orientar na escolha da melhor solução em válvulas para cada aplicação.
Confira as Últimas Notícias no Portal
Inovação na afiação de ferramentas de metal duro diamantadas