Depois de ter dispensado um tempo com alguns joalheiros recentemente, é nítido que o talento artístico é uma exigência para esta vocação. Embora a tecnologia tenha progredido através dos anos, a ourivesaria usa de técnicas ainda dos dias antigos.
Enquanto a ourivesaria possa ser (e é) feita de uma variedade de metais, o ouro continua a ser a escolha principal hoje, assim como no Egito há 3000 anos A.C. Assim como naquela época, usa-se o ouro, pois ele é raro, não mancha e é maleável. Isto significa que o ouro pode ser moldado intensamente com facilidade.
A palavra joalheria deriva da palavra joia. Esta é uma versão anglicanizada da palavra no francês antigo “joule”. Originalmente, parece ser a palavra latina “jocale”, significando brinquedo. As técnicas para criar as joias podem nos soar mais parecidas com um dia numa fundição de aço: um cadinho, forjaria, fundição, soldagem, laminação, rebarbar e entalhar.
A matéria-prima do ouro é comercializada tanto pelas refinarias quanto por pessoas dispostas a dispor de joias que não usem mais. Assim como em muitos processamentos e não diferente de outros, o material de joalheria permite reciclagem indefinidamente. A pureza do ouro de 14K é de 58.5% e o do ouro de 18K é de 75%. Ouro amarelo é uma liga com algum montante de cobre, zinco, níquel e prata. Ouro branco vem crescendo em popularidade. É uma liga de níquel e prata e tende a ser pouco mais duro que ouro amarelo graças a um teor mais elevado de níquel.
O processo para criar uma peça fundida para ourivesaria começa com a criação de um modelo. Este modelo é, então, entalhado em cera exatamente como deve aparecer na peça final. Esta peça em cera é daí moldada no gesso para obter-se um molde daquele produto.O molde em gesso é então levado num forno à temperatura de 648-760°C para que a cera se volatilize. Por uma boa razão, isto foi conhecido por longo tempo de processo da “perda de cera”. Até o final deste processo, o metal – ouro de 14K, neste caso- será derretido à parte num cadinho de carbono. O ponto de fusão para o ouro de 14k é de cerca de 900°C, e para purificá-lo será necessária a temperatura de 954-982°C. Carbono é auto-limpante, resultando num produto final da maior pureza possível. Quando o ouro estiver totalmente derretido, remove-se o molde de gesso de dentro do forno e coloca-se sobre uma fonte de vácuo. O ouro é, então, drenado para dentro do molde e o vácuo faz com que o ouro se instale dentro dos menores detalhes do desenho da peça a ser obtida que foram deixados pela cera volatilizada.
O molde de cera é, então, removido do vácuo e a peça de metal preparada adequadamente. Usa-se, então, outro molde de borracha silicone. Este molde será usado para criar tantas peças quanto necessárias para a linha de produção, que serão usadas para demais fusões conforme descrito anteriormente.
Depois da peça estar fundida e completa, as peças individuais serão separadas do “lingote”. Devido a detalhes delicados do material fundido, neste caso será necessário pouco trabalho para dar acabamento no produto obtido. Normalmente, somente um tapa suave ou uma leve torcida é suficiente para remover as sobras da fundição.
Para peças como um anel, poderão ser ajustadas pedras preciosas (gemas) após providenciar um assento dentro do metal inserindo aí a pedra e envolvendo-a com ouro para fechá-la em seu lugar.
Agora que você já sabe o que é necessário para produzir estas joias lindamente detalhadas, você certamente vai querer para dar a alguém neste período de festas, pois o Natal chegará logo. Passe, então, logo na sua joalheria favorita.