Pergunta: Por que em retificação centerless de hastes, processo de passagem, vez ou outra, as peças saem com um “aspecto feio”, mostrando marcas mais escuras, de formato helicoidal, muito embora, esteja com todas as tolerâncias milesimais do diâmetro, paralelismo e rugosidade?
Resposta: A retificação centerless sempre foi o grande desafio do setor de usinagem nas empresas que trabalham com peças de alta precisão. O operador vai se sentir bastante incomodado toda vez que examinar uma haste retificada contra a luz e se deparar com esse visual descrito. Mas o que fazer, o que provoca isso?
Precisa haver uma certa “afinidade entre homem e máquina”, pois haverá necessidade de um ajuste fino ou finíssimo no alinhamento das guias de entrada e saída, com a linha tangencial do rebolo de corte. Esse ajuste é tão sutil, que dependendo do tempo de prática e perfil do operador, poderá demandar horas, para se ter um resultado positivo. Considere que durante a remoção de material se produza uma micro-ondulação na superfície da haste, devido a um micro desalinhamento das guias de entrada da peça.
Como a remoção, ou o fagulhamento, se dá até a metade do rebolo, aproximadamente, a partir daí a peça já “pronta”, será apenas “lambida” nos picos dessa micro-ondulação, produzindo uma rugosidade mais fina, devido à falta de remoção.
E agora, dependendo da velocidade de passagem e da rotação da peça, fatalmente se produzirá uma marca helicoidal, apenas visual e muito intrigante. Mas é possível eliminar esses inconvenientes, focando em melhorias nos recursos da máquina.