A Universidade de Ciências Aplicadas FH Kiel, na Alemanha, recebeu um financiamento de aproximadamente 2,3 milhões de euros do Ministério Federal de Pesquisa para a construção de uma célula única de produção por impressão 3D. Um sistema de sinterização, uma impressora 3D de metal a laser e um centro de usinagem de cinco eixos devem ser integrados a um sistema automatizado e modular.
A combinação de processos aditivos e subtrativos, explica o gerente de projeto Prof. Alexander Mattes, abre inúmeras vantagens: “A fabricação aditiva permite geometrias que não seriam possíveis com processos convencionais, e os processos subtrativos têm qualidades especiais de superfície. Outro potencial está na produção de objetos a partir de vários metais. Podemos desenvolver os chamados materiais de gradiente com os quais produzimos componentes que possuem as propriedades físicas de um material em uma área e as propriedades de outro material nas outras áreas. As transições são fluidas. Assim por exemplo, os componentes da eletrônica de potência para carros elétricos serão mais compactos e ocuparão menos espaço”.
Parte do sistema de fabricação aditiva será uma área de processamento inundada com gás protetor, que permite aos pesquisadores processar metais com alta reatividade com o ar ambiente. Um desses metais é, por exemplo, titânio, que, devido à sua tolerância física, pode ser usado em tecnologia médica.
A construção da célula de produção, chamada de InFer3D, levará alguns meses. Primeiro, é criada a área de laboratório para o manuseio seguro de pós metálicos com pequeno tamanho de partícula, no qual será posteriormente integrado o sistema de fabricação aditiva com um robô para manuseio de componentes. Ao mesmo tempo, o grupo de pesquisa está colocando em operação o centro de usinagem de 5 eixos equipado com outro robô. Um sistema de transporte sem motorista já existente no laboratório será então integrado nesta fábrica digital.
Fonte: www.fh-kiel.de
Foto – crédito: FH Kiel (Prof. Alexander Mattes)