Plataformas de compartilhamento

Geralmente, quando falamos em internet e web 2.0, uma das primeiras coisas que nos vêm à cabeça – além dos games – são as redes sociais e, hoje seu grande expoente, o Facebook (posição que outrora foi desempenhada pelo Orkut). E quando ouvimos falar destas coisas já as relacionamos diretamente com os mais jovens. Muitas vezes com nossos próprios filhos e, consequentemente, com nossas broncas: “Larga este computador e vai estudar, menino!”. Quem sabe por este motivo acabamos por deduzir que tudo que habita este universo seja lúdico e algo sem importância para os negócios. Apenas um passatempo dos mais jovens ou desocupados. Grande engano! A web nos oferece ferramentas interessantes e, muitas vezes, sem custos diretos, que vieram para ficar. Sem medo de ser feliz: para transformar o planeta. É sobre isso que pretendemos tratar a seguir.

Já mencionamos anteriormente que no início a internet era “quase” um ambiente contemplativo. Os primeiros sites (e muitos até hoje) são exemplos disso. Você acessava uma página com uma série de informações e pronto. Era a reprodução do velho esquema onde “um” fala para “muitos”, que apenas ouvem. Aos poucos, foram surgindo novas possibilidades, uma vez que passávamos a interagir com um determinado conteúdo, deixando comentários, críticas e sugestões (nem sempre, muito elogiosas ou polidas). Os blogs exerceram importante papel para consolidar este início. A verdade, resumindo a história, é que a turma tomou gosto pela coisa e o ser humano encontrou novas formas de interagir, de compartilhar e de colaborar. Aproximando pessoas com os mesmos interesses e afinidades. E com os avanços da tecnologia focada na mobilidade, vai tomando imensas proporções.

A discussão teórica não cabe aqui, mas o que chamamos de redes sociais generaliza sobremaneira este tema. Preferimos nos referir a “plataformas de compartilhamento” e/ou “sites de relacionamento” e, a partir daí, as conexões possíveis de se efetuar com estas ferramentas digitais. Particularmente, gosto bastante desta ideia do conceito de “ferramenta”. Afinal, tal como um martelo ou alicate, estas páginas da web facilitam ou até tornam possíveis algumas tarefas, que por sua vez poderão ter uma finalidade lúdica ou profissional, para o bem ou para o mal, de acordo com as intenções daquele que as opera. Com um martelo nas mãos, você pode conseguir bater um prego na parede ou dar na cabeça de algum desafeto (por favor, não tomem isso como um incentivo à violência, mas apenas como uma ilustração). Portanto, não é a ferramenta que é boa ou ruim, adequada ou inadequada. Tudo dependerá do que, aquele que a manipula, planeja fazer com ela.

Pois bem, o mundo corporativo não demanda também, a todo instante, interação, colaboração e compartilhamento? Entre trabalhadores e seus departamentos, por exemplo. Ou de compartilhamento de ideias e projetos? Seria possível fazer inovação sem isso? Você precisa disponibilizar um documento (um pdf) para a equipe? Pode ser um simples texto, um manual ou artigo técnico, uma tabela de preços. Ou, porque não, compartilhar uma apresentação de um treinamento (um ppt). Quer disponibilizar fotos e imagens? Um vídeo, com novos métodos de demonstração de vendas. Quer disponibilizar endereços de sites? Importantes fontes de informação, que orientam e alimentam suas equipes (url’s de fornecedores, concorrentes, clientes, associações, governo – com políticas públicas, legislação, índices econômicos etc). Quer compartilhar notícias sobre um determinado tema? Notícias otimistas que motivarão a equipe, por exemplo.

Isso tudo apenas para falarmos do operacional, da gestão de equipes. Se desejarmos utilizar estes recursos para construção de relacionamento com nossos clientes, divulgação institucional ou mesmo como parte da estratégia comercial (com todos os cuidados que já mencionamos em artigos anteriores) também será possível. Ah, mas todo este conteúdo é sigiloso. Ficará exposto? Não! A grande maioria destas ferramentas possuem a opção de restringir o acesso.

Outro aspecto relevante: por que deixar os arquivos importantes no HD do seu notebook? E se você esquecê-lo? E se ele for roubado? Se a máquina pifar? E se você estiver em seu cliente e surgir a necessidade de uma consulta, mas você não está com sua máquina? Coloque estes arquivos na “nuvem”, acesse-os a partir de uma senha e resolva estes e outros problemas. Sendo possível, socializá-los com toda a equipe ou apenas, com alguns membros. Fantástico, não? É sinal dos tempos, nobre amigo. São várias as opções e outras tantas brotam a cada dia. Normalmente, são de utilização bem simples e intuitivas. Algumas plataformas gratuitas restringem a capacidade de armazenamento, mas ainda assim lhe oferecem espaço e condições suficientes para serem uma “mão na roda”. Sugerimos que o caro leitor invista um momento para obter mais informações sobre estas páginas e descobrir suas possibilidades. Creio que existem grandes chances de se encontrar aplicações que nem mesmo a própria ferramenta, de início, imaginou oferecer.

Enfim, operacional ou liderança. Setores comerciais e marketing, administrativos em geral e, principalmente, departamentos com profissionais em constante deslocamento: vendas, representantes comerciais, assistência técnica etc, são contemplados com estas novidades tecnológicas. Lembre-se que cada vez mais a mobilidade caracteriza o perfil do trabalho deste momento em que vivemos. Avançam as experiências e as demandas, uma vez que a conexão entre os colaboradores deixa de ser física e passa a ser virtual. Seja por conta de aumento do modelo home office ou para manter a comunicação e a rotina de trabalho, na oportunidade de atividades remotas (viagens, trabalho desenvolvido em regionais ou no próprio cliente, como alguns exemplos), as organizações e profissionais liberais necessitam de ferramentas que tornem realidade a colaboração e a interação entre suas equipes, tal como o compartilhamento de tarefas e soluções. Um computador pessoal deixa de armazenar e monopolizar dados e passa a atuar como um terminal que acessará um banco de dados maior e comum, ao grupo. Como resultado, teremos equipes mais dinâmicas, sem restrição de tempo/espaço e uma resposta mais rápida aos anseios do mercado.

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