Fazendo música boa

Se perguntarem qual instrumento que a maioria das pessoas gostaria de saber tocar, a resposta provavelmente será o piano. Se eles sabem ou não, isto é porque o piano oferece a maior variação que qualquer outro instrumento. Devido à esta variação, música para todos os outros instrumentos pode ser composta em um piano

Também o instrumento musical tecnologicamente mais complicado, o piano é composto por mais de 2.500 peças. Muitas delas exigem processamento térmico para sua produção ou para melhorar sua qualidade. Nós consideraremos umas poucas peças, incluindo a placa de ferro fundido e as cordas. Antes de o fazermos, entretanto, deixe-nos contar da história do instrumento.

Não é de se surpreender que o piano tenha suas raízes no cravo, que se desenvolveu a partir dos instrumentos antigos de corda como a velha harpa. A harpa foi mencionada no livro do Genesis, na Bíblia. A partir da harpa surgiu o saltério, que era um antigo instrumento semelhante a uma caixa com cordas que eram tocadas com uma palheta. Embora as teclas fossem acrescentadas para tornar o cravo parte da família dos instrumentos, as cordas continuavam a ser tocadas com palheta. Tanto compositores músicos lamentavam que era “impossível aumentar ou diminuir o volume de seu som”.

Esta fragilidade de tons levou um fabricante de cravos chamado Bartolomeu de Francesco Cristofori, de Pádua, na Itália, a inventar o piano forte em 1700. Este novo instrumento tinha martelos que tocavam as cordas ao cair sob seu próprio peso. Diferente do cravo , este novo sistema permitiu que as coisas continuassem a vibrar e continuar emitindo som, tendo os martelos a capacidade de tocar as cordas suave ou intensamente.

O piano forte usava duas cordas para cada nota quando comparado ao piano de hoje que usa uma corda para as notas mais graves e duas ou três cordas para notas médias e mais agudas. O instrumento de Cristofori usava quatro e meia oitavas se comparado com os pianos de hoje que tem sete e um quarto de oitavas. A popularidade do piano forte aumentou quando Frederico o Grande, comprou vários deles. Johann Sebastian Bach aprovou o instrumento em 1747.

A construção de pianos iniciou-se na América em 1775. O processo do melhoramento continuado seguiu pelos séculos 18 e 19. Um destes melhoramentos foi a criação da placa de ferro fundido que oferece a rigidez estrutural e o repuxamento cruzado das cordas das notas graves sobre as notas do agudo. John Hawkins, da Filadelfia, foi o primeiro a usar uma armação de ferro em 1800. Ele também foi um dos que liderou fomento pelo uso do piano vertical. Em 1870, o método “da escala sobre aguda” foi aperfeiçoado por Steinway & Sons, permitindo que as cordas cruzem perto ao centro da base do som, onde o melhor som é produzido.

O controle de qualidade da placa de ferro fundido é muito importante. A característica da areia usada no processo da fundição é modificada com ligantes tais como argilas e poeira de carvão para produzir a composição ideal. Metalurgistas testam as análises químicas do ferro e monitorar as temperaturas críticas do processo: 1510°C para ferro fundido. Recentemente, tem sido usada fusão a vácuo para produzir placas de ferro fundido com acabamentos delicados deixando de exigir lixamento posterior.

Em 1911, havia 301 fabricantes de piano nos E.U.A, mas a grande depressão resultou em um rápido declínio na produção dos pianos. Hoje há cerca de 15 firmas remanescentes, mas o Japão é atualmente o maior produtor de pianos no mundo.

As cordas são outro componente que exige precisão na fabricação e no uso do processamento térmico. Indústrias especializadas em produzir fios a partir de aço carbono revenido em diâmetros tão pequenos como 0,006 a 0,192 polegadas. Até 17 diâmetros diferentes de fios podem ser usados para 220 a 240 cordas de um único piano. Os comprimentos e espessuras das cordas aumentam de agudo para grave. Diferentes comprimentos de cordas do mesmo diâmetro podem produzir diferentes diapasões. Para manter as vibrações mais lentas para as notas graves, as cordas são enroladas com outro fio, normalmente de cobre nos pianos atuais. A corda mais inferior é cerca de ¼ de Polegada em diâmetro por causa do fio interno (núcleo) mais pesado e seu enrolamento. Sem o enrolamento, as cordas do grave deveriam ter 9 metros de comprimento para produzir o som necessário. Considere que esse fio polido, muito tensionado e forte é ajustado sob alta tensão, sujeito a repetidos estiramentos e afrouxamentos durante a música… e se espera que permaneçam por décadas em serviço.

Embora o piano tradicional seja fabricado em grande parte como era por um século , melhorias nos dias de hoje e no futuro prometer ser o resultado do aperfeiçoamento do som através do desenvolvimento na qualidade da placa de ferro fundido e na tecnologia das cordas. Agora você sabe como tratamento térmico continua a ajudar a tornar a música bonita.

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